A Inicição no Velho e no Novo Aeon: Antagonismos.
A Inicição no Velho e no Novo Aeon: Antagonismos.
Ordo Templi Orientis Mundi
por Grimmwotan
por Grimmwotan
Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei!!!
Dentro de corpos iniciáticos, é muito comum que um dos pontos críticos
mais importantes justamente aborde os segredos iniciáticos, assim como os
mistérios que sustentam estes segredos, e bem como as estruturas que são usadas
para unir o praticante ao mistério, tal e qual a descrição costumeira do
casamento alquímico nos demonstra.
No entanto, os rituais e fórmulas do chamado Velho
Aeon estão muito longe de terem tais aplicações básicas no presente momento, e
isto porque além da própria mudança de eixo ligada a este Aeon, também há a
constante presença da ciência e da história, que unidas provaram ser um
poderoso instrumento de dissolução de enigmas, ou mesmo de inverdades.
No entanto para poder abordar os elementos qualquer
sistema de iniciação, precisamos citar suas fontes históricas, o que se
pretende desencadear com o drama ligado ao rito, conforme o sistema religioso
originalmente o fazia, e se há diferenças em relação à tradição original.
Desta forma, vejamos o que a ciência e a história
nos podem dizer sobre o que se determinou chamar de “Velho Aeon”.
Ao contrário do que se tem afirmado por muitos
hermetistas, ocultistas, e por vezes por várias vertentes ditas como sendo
científicas, ligadas normalmente a correntes criacionistas, a tradição
determinada como sendo o cabalismo, não tem a história antiga que lhe é
imputada, e na verdade, a história do povo a qual ela estaria coligada não é
tão velha como tem sido defendido por tantas pessoas, muitas delas nunca agindo
por inocência, ou apenas por ignorância, e sim por motivos totalmente escusos.
Se pudéssemos retornar nos tempos históricos,
veríamos então que em dado momento no império egípcio, houve uma quebra interna
de suas instituições, em que o modelo de administração que sustentava todo o
reino, foi agredido por um golpe sócio, econômico, religioso que foi promovido
por Amen-hotep IV, que reinou no Egito em 1345
antes da era vulgar, e que esvaziou os cofres reais, para construir e sustentar
uma cidade no meio do deserto, para onde transferiu a capital do reino, durante
seu reinado.
Seu reinado durou apenas 15 anos, e durante o mesmo
o farao que declarou a todos ser o filho e representante do “deus único” Aton,
na Terra, sob alegação de que estava levando o povo para a “Terra Prometida por
Aton”, fundou ali justamente a cidade conhecida como Akhetaton (como é dito que
Abraão teria procedido).
A todos que o seguiram, prometeu Akhenaton (nome
assumido por Amen-hotep IV quando assumiu o culto a Aton), a “Vida Eterna no
Paraíso de Aton”, e bem como a permissão para ser enterrado na necrópole de
Akhetaton.
Curiosamente, ao atingir o local dito como sendo
sagrado, Akhenaton ofereceu um sacrifício a Aton, e depois edificou no
local um templo, demarcando assim por seus atos o abandono da Terra Sagrada de
Karnac ( tal e qual o Abraão da bíblia teria feito).
Cada residência possuía um altar de pedra com inscrições em dois lados.
“Todas as casas do reino tinham uma feição similar. Elas tinham um santuário
colocado em seu aposento principal. Ele possuía apenas um portal pintado em
vermelho e um nicho para receber uma pedra que continha o retrato da família
real engajada numa no culto de adoração”, assim descrito por Cyril Aldred.
Como conexão aos relatos da história do êxodo bíblico, os portais
vermelhos são uma lembrança ao sangue dos hebreus pintados nos portais das
portas de suas casas. “Javé passará para matar os egípcios. E quando ele olhar
o sangue nos postes dos portais e na parte superior, Javé atravessará a porta e
não permitirá que a destruição entre em suas casas e mate vocês”. Êxodo 12:23.
Por conta do culto monoteísta, Akhenaton apagou o
nome de Amon dos templos e obeliscos. Levando sua heresia adiante, ele profanou
o nome de Amon no interior do cartouche de seu pai Amenhotep III. A supressão
do nome do deus foi considerada como um verdadeiro sacrilégio pelos habitantes
do antigo Egito. A bíblia monoteísta ecoa estas palavras no seu Deus Único: “Eu
apagarei totalmente o nome de Amalek dos céus”.
Da mesma forma como Moisés fez, ele se apresentava
diante do povo com duas tábuas de pedra onde estava inscrito o nome de Aton nos
dois cartouches. O povo prostrava-se diante do nome de Aton. Essas tábuas com
inscrições, podiam ser lidas em ambos os lados. A similaridade com as tábuas de
lei de Moisés é notável. Ambas eram ovais nas extremidades e podiam ser lidas
de ambos os lados: “E virou-se Moisés e desceu a montanha com duas tábuas da
lei em suas mãos, tábuas que eram escritas em ambos os lados.” [Êxodo 32:15].
Na tumba de seu sucessor, seu irmão menor que foi
entronizado somente quando se tornou adulto, Tutankhamon, muitos outros
detalhes extremamente esclarecedores foram encontrados.
Na escavação de Howard Carter e Phlinders Petrie, em
1923 da era vulgar, a tumba do sucessor de Akhenaton foi encontrada intacta –
uma vez que seu nome foi apagado em maldição, a mando dos sacerdotes que
fizeram oposição a Akhenaton, e sua tumba foi ocultada, o que acabou servindo
em muito aos pesquisadores do mundo todo.
Estudos na tumba revelaram que na parede leste da câmara funerária,
acima das figuras de doze sacerdotes carregando uma urna mortuária, haviam oito
colunas pintadas com inscrições religiosas. Essas figuras lançaram uma nova luz
sobre momento da história da humanidade onde monoteísmo foi estabelecido. Na
parede norte da tumba contém uma figura enigmática, usando a coroa do Egito com
a serpente, um antigo símbolo de realeza. O nome deste misterioso personagem
aparece nos dois cartouches[1][6] colocados
à frente de sua face. Ele era chamado de “O Pai Divino” – Faraó Ay. Seu nome
está escrito por um símbolo hieróglifo duplo, (Yod Yod), que é o nome de Deus
na Bíblia Aramaica, o qual é a nossa fonte mais antiga do velho testamento.
Este “Ay” sucedeu a Akhenaton, quando sua derrocada ocorreu – apenas 15
anos após ter começado, dado o ódio que sua profanação provocou em meio aos
egípcios – e após alguns anos, entronizou Tutankhamon, que reinou apenas por
Dois anos, sendo depois execrado e caindo em ostracismo, sob todas as maldições
póstumas naturais no Egito de sucederem a blasfemadores ou criminosos.
A câmara funerária possuía quatro caixotes sobrepostos, um dentro do
outro. Esses caixotes estavam cobertos por um tecido de linho, sustentado por
uma moldura de madeira, apresentando-se com aparência de uma tenda. Essa
moldura foi comparada no momento da descoberta, com os tabernáculos do Antigo
Testamento, o sagrado dentre os mais sagrados, construído de madeira e
sustentando a “Arca da Aliança”.
Ao abrir o terceiro caixote, Carter observou que em uma de suas laterais
havia um painel com duas figuras aladas, onde suas asas abriam-se bem ao alto,
evocando os anjos descritos do objeto citado na bíblia como sendo a “arca da
aliança”, estavam reproduzidos nas duas portas seladas do quarto e último
caixote. Esses e outros achados arqueológicos nos levam a considerar, que as
descobertas da arqueologia egípcia possuem grande correlação com a escritura
hebraica, sendo a fonte para a mesma.
O “Ay” acima mencionado, determinou a evacuação de Akhetaton denominando
a cidade como terra impura e amaldiçoada, e os povos de mercadores que se
mesclaram na cidade sob Akhenaton, se dividiram em dois grupos, sendo que um
deles retornou para as terras egípcias, e outro seguiu a grande expansão
egípcia que teve início a partir deste período, e aproximadamente 300 anos
depois, em um dos pontos onde ocorreu a fixação por mais tempo do exército
egípcio, veio a ser fundado o Reino de Juda.
Agora que conseguimos estabelecer estes pontos, vamos nos aproximar de
outro grande eixo de sustentação do estilo de iniciação do Antigo Aeon.
Falemos agora de Constantino e de “Iaseus Christus”, de origem essênica.
Como sabemos, a seita Hassidim cresceu durante a dominação dos gregos
sobre os judeus, e efetuou a ponte de dominação helênica traduzindo para o
grego o ponto de vista hebraico, mas principalmente gerando a dominação do
ponto de vista dos gregos sobre o povo dominado.
Destes Hassidim vieram os Essênios, que são os chamados pré-gnósticos, e
que mantinham em Nag-Hamad uma sociedade a parte, com textos próprios que
sofreram enorme influência de gregos, sumérios, egípcios e hindus.
Desta forma foram lançadas as bases para que por meio dos Essênios os
textos chamados de apócrifos, e os textos chamados de aceitos, pelos concílios
da posterior Igreja Católica.
Ocorre que os Essênios conceberam uma fusão de costumes religiosos,
normalmente vinculados a adoração do Sol ou da Estrela que o anuncia em todas
as manhãs, e atribuíram a divindade que nasceu desta fusão o termo “Iaseus
Christus”, que foi absorvido posteriormente como “Jmmanuel”, dentro da bíblia.
Nascido de um “notaricom” que implica em sua origem em provável saudação
a Zeus, muitas eram as diferenças do golpe religioso e político que Constantino
veio a praticar depois.
Um dado interessante entre os essênios, é que adoravam Hermes
Trimegistus, e o viam como o Enoch da torah e bíblia, principalmente no que
tange a um texto apócrifo sobre Enoch, que cita os “nephelim”.
Fato é que o Pistis Sophia dos essênios, contém enormes similaridades
com um texto anterior ao ano Zero da era vulgar, que tem por nome “saberia de
jesus”.
Agora, abordemos outros dados.
Sob Constantino, que objetivava unificar todas as vertentes religiosas
em guerra na época, e que estavam por desestabilizar e exterminar seu reinado
por completo.
Desta forma, a vertente do sacerdócio politeísta romano, em eterna
guerra com os mitraicos persas, que jamais cederia a língua ou costumes dos
persas, e bem como a vertente persa, que pensava o mesmo da vertente romana,
foram fundidos sob outra língua, e outros costumes, que fundiram a ambos, com
enorme miscelânea de cultos fálico solares.
Assim, Mitra que escondeu as chaves do paraíso em Petrus, e que era
nascido de uma virgem no dia 25 de dezembro, teve seus símbolos fundidos a
Horus que combateu Set por 40 dias no deserto, juntamente com o deus de Belém,
Tammuz, que ressuscita 3 dias após morrer, pelas artes de Inanna após a mesma
verter muitas lágrimas por seu esposo, e descer a mansão dos mortos para
resgatá-lo.
Tendo então a vida de conhecido filósofo da época, Apolônio de Tiana,
dado o pano de fundo, para um “...christus...” físico, que jamais existiu.
Tendo sido então estudados a luz da ciência, história e antropologia,
todos estes dados que são a base e sustentação dos cultos do Velho Aeon – pois
em nenhum momento nos esquecemos que os Islâmicos alegam serem os verdadeiros
descendentes de Abraão, e que Allah provém de Al Iliah que é uma saudação a Sin
ou Nanna, o deus Lunar dos Antigos Sumérios. Podemos então começar a destilar
informações preciosas sobre a Iniciação Mágica dentro do Velho Aeon.
Dentro do contexto das Ordens Inciáticas chamadas de “ozirianas”, o
postulante a iniciação é visto como “cristo”, que deve perambular pelas
mortificações, e depois adentrar em glória pelas dores da iniciação, para então
renascer dos mortos como filho unigênito, e por fim exaltado as alturas.
Alega-se que a linguagem é universal, e que todas as religiões do
passado procuravam desencadear o mesmo processo, sendo que na verdade todas as
religiões, cultos e povos vieram a abraçar o monoteísmo como sua verdade.
Aqui já temos percebido o grande erro do Velho Aeon, pois como foi visto
acima nada além de golpes de estado, maquinações políticas, e isso sem
mencionar as torturas e assassinatos praticados por protestantes - como por
exemplo os 100.000 pagãos que Lutero ordenou o massacre na Alemanha em seu
tempo – os crimes da inquisição católica, os crimes da opressão mulçumana
contra os infiéis - como pode nos mostrar o comportamento Taleban, por exemplo.
Assim sendo podemos logo de início perceber que as Iniciações do Velho
Aeon, procuravam escravizar a mente, corpo e emoções do postulante a iniciação,
a uma forma de ser que em todos os sentidos, defende uma mentira histórica,
sendo então não sua Verdadeira Vontade, mas sim a Vontade de outro entronizado
em lugar de sua individualidade.
Nisto repousa aquilo que é visto como a “fazer a vontade do pai”, que é
tão comum em todos os sistemas monoteístas, como facilmente pode ser observado
tanto em seus livros dogmáticos, como no comportamento de seus fiéis e de seus
sacerdotes.
Outro fator preocupante aqui presente, é visto como algo natural e
inclusive incentivado dentro destas organizações iniciáticas.
Tendo a temática tão conhecida e usada por Akhenaton como base, e
levando-se em consideração o ciclo do ano com suas estações, é dito que sendo o
sol o centro do sistema solar, o postulante a iniciação deve procurar ser um
espelho do próprio sol, e a ele se unificar.
A este ponto, outro tópico iniciático problemático se junta, para causar
uma “catástrofe oculta” para aquele que busca a iniciação.
Este tópico vive nas palavras de Dion Fortune, que inclusive nos define
a forma de pensar do antigo aeon, dentro do ponto de vista a cerca da iniciação
como era entendida até então:
“...O máximo que alguém pode atingir em vida é a iniciação até Tiphareth
– a Sephiroth do Sol – ou no máximo e apenas para alguns Geburah – a Sephiroth
Marcial . Tendo então todos os seus passos regulados pelas ordens dos adeptos
isentos de carma de Chesed – Sephiroth de Júpiter – que recebem as influência
divinas diretamente da tríade suprema, que nenhum ser vivo pode alcançar em
vida, salvo gênios como Moisés – Moshé...” .
Bem sabemos pelas úteis informações acima citadas, que Moshé e Abraão
foram nomes posteriores gerados para representar a lembrança dos atos de
Akhenaton, sobrevivente em meio aos descendentes dos que viveram em Akhetaton,
e que seguiram a expansão egípcia, fundando depois o Reino de Juda.
Mas isto seria apenas um detalhe simbólico, tomado com base para apenas
por seu uso para coisas maiores, se não existissem mais coisas a serem
mencionadas nas entrelinhas.
Em primeiro lugar, não é o Sol o centro do universo daquele que observa
o universo.
O observador do universo é o centro do universo que ele mesmo observa, e
em outras palavras, deve ele ir em direção a si mesmo e não em direção ao ponto
de vista de outro, mesmo que simbolicamente.
Em seguida, devemos ressaltar que os adeptos chamados de “isentos de
carma”, são citados pelas tradições como sendo, por exemplo: “Cristo, Saint
Germain, Maomé, Moisés, Akhenaton, etc...”
Deduzimos então, que em nenhum momento houve a isenção de carma de
qualquer um dos que acima forma citados, pois o único que não foi abordado
anteriormente de alguma forma, foi Saint Germain, que foi muito conhecido na
Europa por suas enormes dívidas de jogo, todas elas no geral pagas pelas artes
de sua bela e sensual esposa.
Desta forma, se observarmos bem o que Dion Fortune nos transmite, e que
inclusive é opinião geral das formas inciáticas e religiosas do Velho Aeon, os
Adéptos Menores – uma representação esquematizada dos vetores solares,
incluindo aqui das religiões monoteístas, que no geral são todas elas fálico
solares – são dominados e direcionados pelos Adéptos Maiores – que são
representações dos líderes e criadores de religiões dogmáticas, ou seja, monoteístas.
Esta é a escala de dominação que subsiste no dogma fálico solar!
E há ainda mais oculto dentro disto.
Por mais penoso que o seja, devemos abordar este tema de forma clara.
Em meio aos cultos gnósticos, dos quais o foco gerador são os Essênios,
gerados pelos Hassidim, a idéia difundida ali presente era de que havia um deus
bom e um deus mal, ou no caso do monoteísmo com hoje o conhecemos, um “deus
versus um de seus anjos”!
Estes cultos percebem o mundo físico como dominado pelo deus mal, no
caso “saclas” o demiurgo, e o mundo dos céus ou celeste como reino do deus bom.
Isto advém do pensamento de grupos humanos como os Maniqueus, por
exemplo, que eram dualistas e apresentavam este ponto de vista, que na verdade
nasceu das representações Fálico Solares da eterna oposição do Deus Sol contra
um Ser Serpentiforme - como é o caso da oposição de Apolo contra Piton; de Rá
contra Apophis, de Baal contra Lotan; e até mesmo da oposição de Marduk contra
Tiamat, também vista na representação grega deste mito onde Zeus enfrente
Typhon, que não é Solar mas guarda muitos dos elementos usados como base pelo
monoteísmo.
Disto floresceu a idéia de que o espírito, sendo visto da mesma forma
que os egípcios adoradores do sol o viam, seria uma representação solar, e
portanto pertinente ao céu, e como o espírito somente estava presente no corpo
da mulher quando esta estava grávida – segundo a visão fálico solar aqui
apresentada.
Logo a mulher veio a ser uma expressão da matéria e da Terra, e portanto
algo visto como pertencente ao demiurgo, ou mesmo uma expressão do demiurgo –
como na lenda monoteísta de Lilith, que nada possuía em comum com a Lilith
suméria.
O veículo para o espírito passou a ser então o falo, e o espírito é
visto nesta temática como estando concentrado no sêmen.
Um detalhe muito importante neste momento para o nosso devido
entendimento, das fontes e bases desta forma de pensar, foi o modelo Védico,
que via os essênios e bem como o culto de Krishna, foi usado como modelo a este
respeito – ou mesmo antes disto, já que o Demiurgo originalmente pensado por
Sócrates e Platão, não tinha nada haver com o Demiurgo dos gnósticos, mas teve
sua origem no Purusha do Vedanta.
Os atos sexuais levam ao contato com uma mulher, ou com alguém que fará
as vezes de passivo – e portanto de quase feminino – e desta forma, estes atos
foram vistos como vias malignas, que afastam o adorador ou o pleiteante de
iniciação dos benefícios do céu, do sol e da fé.
Perder o sêmen foi visto como uma forma de adentrar nos reinos da
desgraça do demiurgo e do que veio a ser entendido como “inferno” – embora
saibamos que o Hell, tal e qual o Tártaro, nada tem haver como ponto de vista
monoteísta, mas foram absorvidos e plagiados, e depois adulterados para
servirem aos propósitos do dogmatismo.
Assim sendo a magia sexual deste tipo foi desenvolvida com o pensamento
ligado a esta via que é solar e masculina, e é justamente nisto que muitas das
estruturas básicas da iniciação do Velho Aeon se baseiam, e é também por isto
que não se aceitam mulheres naquilo que se determinou por “maçonaria oziriana”.
No Velho Aeon, o iniciando na maioria das organizações de cunho
“Iluminati”, é visto como o próprio “jesus cristo”, que sofre inicialmente os
martírios, para então após a crucificação se erguer em glória, em retorno ao
pai.
Desta forma, podemos observar que em muitos casos, é pleiteado que as
fases da dita vida do assim dito “cristo”, são subdivididas como as sephiroth
da Árvore da Vida, sendo que o assim chamado “mistério da crucificação” seria
então a passagem pelo abismo, que no cabalismo e hermetismo é chamado de Daath,
sendo então sua descida a mansão dos mortos Binah, e sua ascensão ao s céus,
Chokimah, estando a experiência que se atribui a Kether, como algo jamais
mencionado, e taxado como inatingível, e além de qualquer descrição para os que
não passaram pela mesmo, sendo que é dito que os que “viram yaveh face a face”,
jamais relataram o que viram, dentro da concepção do Velho Aeon.
Se somente houvesse o monoteísmo desde o início dos tempos, e se somente
fosse um culto masculino, desde o começo dos tempos, ou pelo menos que o mais
antigo culto fosse monoteísta e fálico solar, então estaríamos lidando com
alguma possibilidade de veracidade a cerca do desenvolvimento dos praticantes,
dentro desta temática.
Mas não é assim!
Em primeiro lugar, devemos entender que o ponto de vista que aborda este
princípio, tem por base a idéia fálico solar, que como já foi exposto acima,
tende a mencionar a Terra como domínio e reduto do mal, e o céu como domínio e
reduto do bem, e ao homem como exemplo do Céu e do Sol, e a mulher como exemplo
da Terra e da Lua, esta temática leva a concepção de que somente o homem possuí
espírito e é passível de evolução, aliás este pensamento era muito presente
dentro do gnosticismo, pois era dito que uma mulher deveria renascer como um
homem, para poder evoluir para além do mundo físico, em direção aos reinos
espirituais.
Em segundo lugar, também como já foi mencionado acima, os ritos fálicos
solares que são a base para estas formulas iniciáticas, são todos eles de
origem de cultos politeístas e que não são obrigatoriamente solares, em verdade
muitos cultos solares do passado eram vinculados a deusas e não a deuses, como
é o caso da Deusa Sowelo dos Nórdicos, da Suria dos Hindus, Sekhemet dos
Egípcios.
E uma enorme quantidade símbolos de cultos mais antigos, foi usada para
dar base para os cultos monoteístas e fálico solares, como é o caso de Horus,
Mitra, Krishna e Tamuz, que deram corpo ao monoteísmo cristão.
No monoteísmo encontramos a necessidade implícita de eliminar o
diferente e o discordante, com um fundo absolutista, claramente coerente com a
proposta de centralização a qualquer preço, mesmo que seja aquele que a
sociedade humana tem pago a dois mil anos.
Se observamos com cuidado, o corpo de experiências descrito dentro do
monoteísmo, contém os mesmos elementos (até um certo ponto), que poderíamos
encontrar dentro do politeísmo como era citado pelos gregos, por exemplo, e
isso tem sido muito usado como base para causar adulteração do conhecimento,
por muitos movimentos de pseudo iniciação.
Estes movimentos afirmam o mesmo que os movimentos dogmáticos afirmam,
que a fonte da tradição e do ser humano é aquela que está descrita tal e qual a
torah, bíblia e corão, o apregoam, e que as multiplicidades de idiomas partem
do episódio de babel, e que os povos impuros adoraram na verdade anjos caídos,
e que somente o povo eleito (quer seja ele o judeu, islâmico ou cristão), é o
único que está em afinidade com o deus único do absolutismo dogmático.
Duas de suas maiores bases residem na história de Moshé (Moisés), e
antes dela, na história de Abraão (doze gerações posterior a Enoche pelo
torah), sendo que a cabala teria sido transmitida por Enoche a seus
descendentes.
Sobre Enoche é dito:
“E andou Enoche com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos,
e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoche trezentos e sessenta e
cinco anos. E ando Enoche com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si
o tomou.”
Este Enoche os Essênios e os pós essênios chamaram também de Hermes
Trimegistus, figura presente mesmo nos testos sabeanos traduzidos por Miguel
Psellus e Ulf Ospaksson em Bizâncio, como é o caso de um documento chamado
Corpore Hermeticum, que os cidadãos de Harram – os sabeanos – teriam escrito,
sob influência dos já citados movimentos gnósticos.
Desta figura mítica teve origem o movimento hermético, e o cabalismo em
voga na idade média e moderna, usado até estes dias.
No entanto, como vimos na apresentação dos fatos históricos, acima,
tanto Moisés quanto Abraão, são formas geradas para dar substância a
sobrevivência da lembrança de Akhenaton, em meio aos cultos gerados na terra de
Judah, praticados pelos rabinos, que ampliaram sua história e adicionaram os
problemas que tiveram com outros povos, para dar mais corpo a mesma, sendo
também usados símbolos, palavras, deuses e formas adorativas de povos a sua
volta para tanto.
Um exemplo disto é o deus Shemesh, cujo nome foi por eles empregado como
atribuição do sol, ou mesmo o uso das 22 letras fenícias para dar base ao
hebraico, posteriormente reforçado pela dominação dos gregos sobre os judeus,
com o advento do uso dos costumes dos gregos em empregar suas letras como
vetores numéricos, sem mencionar o nascimento da gematria, notaricom e temurah
tanto disto, quanto dos costumes dos seguidores de Pitágoras e Platão,
absorvidos via os judeus hassídicos, antecessores dos essênios. Ou mesmo o nome
de Zeus, “Joveh”, que foi absorvido pelos rabinos para ser a base etimológica
de onde surgiu o nome “Yaveh”, que é o nome o dito “nome de deus” na Torah.
Desta forma, toda a atribuição dada a cabala e ao hermetismo, de fontes
únicas da tradição da humanidade, reverte-se com as mesmas expressando-se como
um composto de várias tradições matemáticas, simbólicas e politeístas, sob
orientação monoteísta e dogmática, cujas experiência místicas e mágicas, podem
gerar uma catarse que leve ao ser humano a desenvolver-se além dos limites
impostos pelo dogmatismo, que naturalmente é um elemento de escravização da
mente humana.
Os terrores do abismo, nada mais são do que expressões dos medos que são
tão comuns em Zeus, Apolo, Rá, Omuz Mazda e Baal a cerca de Typhon, Píton,
Apophis, Ariman e Lotan.
Estes medos são claramente uma forma representativa dos temores do ego,
que está envergando uma série de medos e receios de perder a plena dominação da
psique, que estáem vias de tomar contato com o inconsciente superior, e
portanto estando as portas de sua verdadeira vontade.
Como explicado acima, os meios e modos iniciáticos ligados ao sistemas
fálico solar, contém esta armadilha interna, e na vazão exata da forma de
pensar presente no hermetismo, tal e qual Dion Fortune expressou, ao atingir o
ponto imediatamente anterior experiência ctônica do abismo, a manifestação
máxima presente dentro dos cultos dogmáticos, plenamente visível nos vultos
como o de Zeus e Marduk por exemplo, gera uma cisão na psique do praticante,
que contempla nesta modalidade iniciática aquilo que se determina como sendo
“...El...”, vivendo na sephiroth de Chesed. El por sua vez, é entendido como
sendo o termo singular para Helohim (Deuses), que aparece em descrição acima.
Deus-El vive em Chesed, que é dita como sendo a serphiroth da
misericórdia, e desta forma contemplamos os vínculos herméticos forjados das
origens etimológicas politeístas, pois Chesed é atribuída a Zeus-Joveh, e assim
passamos a compreender quais são os verdadeiros temores citados sobre o abismo,
e o que realmente representa transcender o abismo, em termos realmente práticos.
Quando nos erguemos além do chamado abismo, o que viremos a contemplar
além das muralhas tecidas pelo dogma é justamente o oposto do que é pretendido,
dentro dos mecanismos de manipulação fálicos solares, pois percebemos que a
experiência do dito deus uno, como apresentada pelo dogma presente nas
Iniciações do Velho Aeon, são fatores naturais e presentes apenas e tão somente
até aquilo que se determina chamar de chesed, e apenas e tão somente se os
meios e modos inciáticos usados para se chegar até este ponto, forem os que
estão presentes no tradicionalismo hermético, sendo que outras formas de
desenvolvimento que não se utilizem da metodologia apresentada dentro da Ortz
Chaim, excluem de si esta situação.
Basicamente falando, os elementos acima são em muitos casos a base para
os modelos iniciáticos conhecidos pelo termo “illuminati”, pois as chamadas
irmandades da luz, dedicam-se a estes modelos de iniciação universal,
desprezando a possibilidade de se ir além dos modelos concebidos previamente
sem conhecimento das fontes, origens ou outras formas de pensamento, mas
supostos como universais – e portanto católicos – para todos os povos, coisa
que em si mesmo é um erro, já que como vimos, as coisas não correm desta forma.
Estes movimentos que oficialmente foram iniciados por Adam Weishaupt, na Baviera em 1776 da era vulgar, e aos quais se
procuram estudar a origem extra-oficial em Hassam Ibn Sabbah o “velho da
montanha”, ou posteriormente em Saladino, que combateu eficientemente os
cruzados, e desencadeou o nascimento da Ordem dos Templários, indiretamente,
que veio a dar nascimento a Maçonaria.
O fato é que a disposição criada por Sabbah dentro da Ordem dos
Nizarins - termo que implica nos fundamentos do Corão – levou em
consideração o batanya, que é a forma como se pode referir as ciências
secretas, ligadas a iniciações e costumes Gnósticos, que foram introduzidos
dentro desta Ordem assim como o costumeiro uso do Hashishiyun – usado de forma
similar a algumas descrições modernas dadas por Crowley sobre Eleusis – e que
alguns afirmam ser a fonte para muitas organizações extremistas árabes, nos
dias atuais, tem vínculos em larga escala com a história de Saladino.
Para começar, o líder da Ordem dos Nizarins Hassam Ibn Sabbah, viveu
entre 1034 e 1124 da era vulgar, e Saladino – aliás Rei Curdo do Egito – viveu
entre 1.138 e 1.193 da era vulgar, tendo justamente o ápice administrativo de
sua vida existido no momento de maior fervor religioso da Ordem dos Nizarins,
pouco tempo após a morte de seu fundador.
Como foi logo em seguida a mais proeminente figura islâmica – por assim
dizer, pois sua ascendência Curda, fazia dele muito provavelmente um herdeiro
Yezidi, ou seja, um adorador de Malak Thaus ou Shaitan – reuniu a sua volta
guerreiros mulçumanos em grande quantidade, para enfrentar a ameaça dos
cruzados, que sob ordens do Vaticano estavam invadindo a região da terra, que
para os árabes também era considerada sagrada, se bem que por outros motivos.
A força e estratégia de Saladino, causaram tamanhos entraves ao avanço
dos templários, que o engendrar de uma companhia militar mercenária se fazia
necessária em todos os sentidos para aquele período, tanto para salvaguardas as
caravanas, quanto para servir de oposição aos islâmicos e seus Nizarins.
Desta forma foram criados os assim chamados “...pobres cavaleiros de
cristo...”, que em verdade após anos combatendo Saladino, tomando contato com a
administração e trato usados pelo mesmo e bem como pelo que era visto, ou
sabido por terceiros, a cerca dos Nizarins. Sem mencionar que alguns dentre os
templários, ao serem capturados não foram mortos, como uma forma de estratégia
para introduzir-se dentro da Europa sob várias frontes de batalha ao mesmo
tempo, alguns dos templários foram introduzidos dentro dos círculos mais
externos da Ordem dos Nizarins, sob a administração e ponto de vista de
Saladino – que como foi acima mencionado, parece ter muito em comum com o culto
de Shaitan – e enviados de volta para a Europa.
Estes ao entrarem em contato com seus superiores, aliados ao que se
sabia e se ouvia dizer sobre a mesma, geraram um diferencial dentro da Ordem
dos Templários, combinando-a com elementos gnósticos – assim como Ibn Sabbah o
fez com os Nizarins – e fundindo a esta, elementos naturalmente encontrados em
solo espanhol, como por exemplo mapas de rotas antigas, elementos ligados ao
culto Herético do padre Ário, e em suma, muito do que foi a administração dos
Godos sobre quase toda a Espanha e toda a parte norte de Portugal,
desencadeando assim entre outras coisas, o surgimento da arquitetura gótica, e
dos movimentos góticos, no decorrer do tempo.
Os templários acumularam tal capital em seus castelos, que o protótipo
da ordem de pagamento, ou do “cheque”, foi engendrado por eles, pois qualquer
um que chegasse a um castelo templário, poderia trocar seus bens por um
determinado peso em ouro, e excetuando-se um valor cobrado pelo castelo para
fazer tal coisa, poderia trocar o documento por ouro, em qualquer outro castelo
templário.
Seus hábitos e costumes mesclados, imbuídos tanto de elementos cristãos,
quanto de elementos mitraicos e gnósticos, levou-os a adotarem o culto a
Baphomet, que pode ter as seguintes correlações: Baph
somado a Metis do grego "Batismo de Sabedoria"; ou da composição do
nome de três deuses: Baph - que seria ligado ao deus Baal – Pho -
que derivaria do deus Moloc - e Met - advindo de um deus dos
egípcios, Set - e há ainda “Baph Mitra”, que significaria “Pai Mitra”; ou o
mais usado “TEM OHP AB”
que é a abreviação de “Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas“, ou em português, “O
Pai do Templo da Paz de Todos os Homens”.
O fato é que
Felipi VI, falido Rei da Espanha, pensou em se apoderar de seus muitos bens, e
para tanto mandou assassinar um Papa, e colocou outro em seu lugar para dar
prosseguimento a seus planos.
No entanto o
poder e terror inspirados pelos templários era tamanho, que o papa Clemente V
temia fazê-lo, e somente o fez com uma adaga encostada em sua garganta, quando
assinou o documento que deu origem ao mais nefasto período da história da humanidade,
a Inquisição.
Com este
documento em mãos Felipi VI, mandou prender Jaques de Molay, líder da Ordem dos
Templários, assim como muitos outros da mesma, se apropriou de todos os bens
desta ordem que pode encontrar, e provocou uma fuga em massa dos Templários
para região da França, onde tempos depois foi fundada a Franco Maçonaria.
A Maçonaria por
sua vez, contando com elementos já vinculados ao cabalismo e hermetismo,
tornou-se responsável com o crescimento de sua influência, de uma série de
marcantes movimentos políticos, como a ascenção de Napoleão e bem como sua
queda, ou a queda da bastilha e a revolução francesa, que foi toda ela galgada
sobre os três pilares maçônicos “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”.
No entanto,
desejosa de obter controle sobre este tremendo instrumento de poder, a Coroa
Britânica ordenou o assassinato do Grão Mestre da Maçonaria daquela época, e
colocou no poder um Grão Mestre Inglês, que instituiu dentro da Ordem Maçônica,
um voto de juramento a Coroa da Inglaterra.
Daí em diante
nobres, comerciantes, militares e pessoas do povo, que fizessem parte da
maçonaria, passaram a trabalhar em prol da Inglaterra.
Isto explica o
fato dos piratas que atacavam os barcos Portugueses e Espanhois, serem chamados
de Corsários pelos Ingleses, e serem todos eles nobres da corte britanica, ou
mesmo participantes da Câmara dos Lordes. E bem como, isto explica por que o
Brasil assumiu a dívida de Portugal, favorecendo a Coroa da Inglaterra em muito
com tal ato.
Mas a muito mais dentro do conceito das organizações secretas a ser
discutido, no tocante a maçonaria e aos que a ela se ligaram.
Voltemos nossa atenção brevemente para aquilo que se conhece como Ordem
Rosacruz.
Ali encontraremos o Confessio Fraternitatis escrito em 1615, onde é
feita a defesa da Fraternidade, exposta no primeiro manifesto em 1614, contra
vozes que se levantavam na sociedade colocando em pauta a autenticidade e os
reais motivos da Ordem Rosacruz. Neste manifesto se pode encontrar as seguintes
passagens que nos mostram a natureza “iluminati e portanto cristã” dos
Rosacruzes:
“...O requisito fundamental para alcançar o conhecimento secreto, de que
a Ordem se faz conhecer possuidora, é que sejamos honestos para obter a
compreensão e conhecimento da filosofia descrevendo-nos simultaneamente como
Cristãos! Que pensam vocês, queridas pessoas, e como parecem afetados,
vendo que agora compreendem e sabem, que nós nos reconhecemos como professando
verdadeira e sinceramente Cristo, não de um modo exotérico e sim no verdadeiro
sentido esotérico do Cristianismo! Viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos
uma vida Cristã! Condenamos o Papa como a verdadeira Besta...”
E por notarmos que o Brasão de Armas de Lutero é o mesmo usado pelos
Rosacruzes, para dar nome a seu símbolo máximo – justamente a Rosa e a Cruz – e
a isto aliarmos o fato de que este movimento nasceu para dar apoio a
administração dos Estados Protestantes da Boêmia, sob Frederico V, saberemos
então porque foram apoiados pelo mesmo naquele território, e bem como qual a
natureza de sua força motriz.
E quanto pensamos na história da organização que veio a dar origem a
Maçonaria, ou seja a Ordem dos Templários, e bem como nos atemos ao que
sobreveio a mesma sob os atos do papa Clemente V, entenderemos então os atos
entrelaçados da Maçonaria e bem como os usos que a mesma deu as contribuições
dos protestantes, a cerca tanto da movimentação política de então, quanto ao
direcionamento simbólico que pretendeu posteriormente, principalmente quando
ela veio a estar sob total influência da Coroa Britânica, já totalmente
desvinculada do Vaticano.
Com tudo isto veremos que na verdade, Adam Weishaupt foi influenciado em sua reformulação do movimento dos
Illuminati da Baviera, por ação do protestantismo rosacruciano, contido por
exemplo no Confessio Fraternitatis acima descrito, e no entanto todos este
movimentos contém sementes do gnosticismo quer seja pela via indireta dos
Templários e de seus descendentes os Maçons, quer seja pela via da Ordem dos
Nizarins de Hassam Ibn Sabbah, também usada por Saladino o Curdo, e quer seja
pela influência que Saladino deu a todos que passaram por sua autoridade, uma
vez que o mesmo era Curdo e que muito provavelmente possuía fortes influências
Yezidis, em sua conduta.
No entanto observamos em todos os movimentos acima, Duas Coisas muito
proeminentes.
A primeira delas é a constante batalha destes movimentos uns contra os
outros.
A segunda, é o fato de que todos eles ou são descendentes de uma mesma
fonte, ou detém os mesmos símbolos, ou afirmam as mesmas verdades, e ao final
das contas são todos movimentos ligados a “iluminação do ser pelo sol da
sabedoria secreta monoteísta”, que incansavelmente luta contra as trevas do
grande inimigo infiel, que vive apartado da dita graça de
“cristo-allah-yaveh-aton”!
E por tudo que já foi anteriormente descrito, saberemos que trata-se por
um lado de corpos religiosos baseados em dogma, que em si mesmo sempre é vazio,
e por outro em processos de catarse psicológica, que estão incompletos pelo uso
apenas do que afirma a base escravagista da fórmula fálico solar, sendo sempre
deixadas de lado toda e qualquer forma simbólica, por mais rica que seja, que
aborde formas de pensamento diversos do dogma corânico, bíblico ou talmúdico, mas
que mantém de forma adulterada, os simbolismos dos quais o dogma veio a se
apropriar indevidamente, para dar sustentação a si mesmo – como foi largamente
discutido acima.
Agora surgirá a seguinte pergunta:
Há possibilidade iniciática nos tempos modernos, dissociada dos
melindres e tolices seculares – milenares na verdade – que possa nestes dias
levar alguém a se erguer para além dos limites do ego, da falsidade social, da
falsidade pessoal ou do rastejar contido na lastimável misericórdia, que tanto
é citada como grande e respeitável virtude?
Certamente que sim!
Observemos que os reflexos deste Aeon, já eram notados em 1848 e.v. –
com a obra deOrestes Brownson - e em 1888 da vulgar era cristã,
quando uma das mais celebradas obras de Friedrich Nietzsche “O Anticristo” foi
escrito – embora tenha sido somente publicada em 1895 e.v. – e desde aquele
momento, começaram a tomar sena em meio ao mundo com cada vez mais ênfase, pois
pouquíssimo tempo depois movimentos de renascimento de cultos, tradições e
formas de conhecimento que historicamente se opuseram ao cristianismo e a
outras formas de expressão fálico solar, ou dogmáticas conhecidas, começaram
tanto a ganhar contornos quanto a se fazerem cada vez mais presentes na
sociedade moderna.
Pois justamente em 1895 e.v. Carl Kellner, Franz Hartmann e Theodor
Reuss engendraram os moldes do que então viria a ser conhecido como Ordo Templi
Orientis, que veio a ser fundada concretamente em 1902 e.v., justamente o mesmo
ano em que Karl Anton List desenvolveu um sistema de resgate das tradições
setentrionais, que impulsionou uma gigantesca quantidade de trabalhos seus e de
outros que vieram posteriormente.
Apesar da O.T.O., fundada por Carl Kellner, ter sido pensada nos mesmos
moldes dos sistemas “illuminati” que acima foram mencionados, a mesma tanto já
nasceu com alguns elementos diferentes em sua forma de expressão, como também
veio a passar por alterações imensas poucos anos depois.
Esta academia de treinamento para maçons, como era o intento dos fundadores
no início, contava com rituais sexuais ligados ao ponto de vista de Franz
Hartimann e bem como a filosofia dos movimentos Samkhya e Addvaista, e
contava com métodos de preparação do chamado elixir alquímico, que se usa de
uma abordagem ligada a um ponto de vista acima citado, referente ao espírito
estar presente no sêmen, e se fixar para o consumo via a emanação lunar do
sangue menstrual.
Em 1904 e.v., na cidade egípcia do Cairo, Rose Kelly veio a ser o
veículo pelo qual Aleister Crolwey recebeu o Liber Al vel Legis como a lei
máxima do novo Aeon.
Este livro possuía uma tal natureza, que o comentário de Crowley ao seu
término era caracterizado pelo terror, dado o choque cultural, social,
religioso e político proposto no mesmo, que em muito já se alinhava com as
disposições traçadas por Nietzsche em seu Anticristo, com o trabalho de Raleais
“Gargântua e Pantagruel” e com o enfoque de Karl Anton List, perante a ética e
o caminho de oposição a ser tomado.
Em 1912 e.v. Theodor Reuss convidou Aleister Crowley para encabeçar o
ramo inglês da O.T.O., após ter testemunhado em um de seus trabalhos a chave do
Santuário Supremo da Gnose.
Crowley que já havia engendrado a A.A. dentro de pontos de vista
similares aos da O.T.O., mas já embasada no Liber Al vel Legis, não viu nenhum
obstáculo em polarizar a O.T.O. com o Liber AL, tornando-a desta maneira uma
forma de expressão do Thelemismo.
Paralelo a isso, os movimentos engendrados por K.A. List desdobraram-se
de tal forma, que um trabalho de Orestes Brownson de nome “O Renascer do
Odinismo” escrito em 1848 e.v., foi usado como base para engendrar um movimento
com este nome em 1930 e.v., e que se estendeu em vários países, incluindo a
Islândia, chegando a engendrar ali em 1972 e.v., a aceitação de uma derivação de
seus conceitos sob o nome Asatru, com religião oficialmente aceita naquele
país, e em 1973 e.v. foi criado o Odinic Rite na Inglaterra, e uma série de
outros sistemas setentrionais entrou em curso desde então.
Em meados de 1900 e.v., em solo eslavo o mesmo começou a ocorrer, pois a
Romuva – tradição natural dos povos Eslavos e Bálticos – que havia sido
suprimida pelas artimanhas, perseguições e engodos dos jesuítas, voltou a tomar
corpo no leste asiático.
No entanto em meados de 1940 e.v., o avanço soviético usando-se dos
meios mais violentos a sua disposição, procurou exterminar todos os praticantes
de Romuva que pôde encontrar, sendo que a mesma veio a se manter oculta no seio
das famílias que ainda sustentavam seus ideais, até que 52 anos depois, por puro
esforço de vontade e insistência veio ela a ser reconhecida em meio a muitos
estados eslavos.
Em tempos muito recentes, os templos gregos voltaram a ser usados pelos
“Hellenistas”, que procuram o resgate dos cultos antigos da região grega, e ali
puderam reunir 50.000 pessoas, para adoração dentro dos templos helênicos.
Todos estes movimentos polarizados em seu início basicamente no mesmo
momento histórico, não foram outra coisa senão o efeito indireto do despertar
de melhores e mais precisas formas de iniciação, ligadas a fórmulas verídicas
do desenvolvimento humano e que no geral contém veracidade histórica, tanto
como um de seus sustentáculos, quanto expressão esta veracidade via seus
símbolos e mistérios falando diretamente aos povos que participam da ancestralidade
dos mesmos, ou falando aqueles que ligam-se a esta ancestralidade por
identificação.
Se analisarmos o texto básico do thelemismo, notaremos que seu
desenrolar nada tem em comum com as fórmulas de miserabilidade humana que
Nietzsche sempre atacou, uma vez que neste mesmo texto não há espaço para o
fraquejar ou para a misericórdia, que em si é vista como um vício.
Se notarmos os elementos acima reunidos, lembraremo-nos que a esfera de
chesed citada dentro do cabalismo e hermetismo, lar da fórmula de
“...Yaveh-Joveh-Zeus-Deus...” expressa pelo nome do deus supremo dos fenícios
“..El...” ou “...Al...”, que foi absorvido para uso pelo hebraico como termo
que define o deus do monoteísmo “...El...”, cujo plural ou coletivo é
“...Helohim...” – como acima descrito.
Veremos que misericórdia é atribuída diretamente a esta sephiroth, que
aliás é a antecessora da citada experiência do abismo, que abriga em si todos
os temores de Zeus a cerca do despertar e liberdade dos Titãs.
Sobre isto o Liber Al vel Legis, deixa bem claro em suas estrofes a
orientação pretendida para este Aeon:
21. Nós não temos nada com o proscrito e o incapaz: deixai-os morrer em
sua miséria. Pois eles não sentem. Compaixão é vício de reis: pisa o infeliz
& o fraco: esta é a lei do forte: esta é a nossa lei e a alegria do mundo.
(Livro II – Hadit);
18. Que a piedade esteja fora: malditos aqueles que se apiedam! Matai e
torturai; não vos modereis; sede sobre eles! (Livro III – Rá Hoor Khuit);
Que muito guardam em comum com esta estrofe da tradição setentrional:
127 Se estás consciente que o outro é perverso, diga: não tenho trégua
ou acordo com inimigos! (Havamal)
E bem como com estas importantes passagens do Anticristo de Nietzsche:
O que é bom?
– Tudo que aumenta, no homem, a sensação de poder, a vontade de poder, o
próprio poder.
O que é mau?
– Tudo que se origina da fraqueza.
O que é
felicidade? – A sensação de que o poder aumenta – de que uma resistência foi
superada.
Não o
contentamento, mas mais poder; não a paz a qualquer custo, mas a guerra; não a
virtude, mas a eficiência (virtude no sentido da Renascença, virtu(1), virtude
desvinculada de moralismos).
Os fracos e os malogrados devem
perecer: primeiro princípio de nossa caridade. E realmente deve-se ajudá-los
nisso.
O que é mais nocivo que qualquer
vício? – A compaixão posta em prática em nome dos malogrados e dos fracos – o
cristianismo...
Como pudemos então observar acima, o
alinhamento que culminou com o nascimento do Liber Al vel Legis, tem
características muito bem definidas que tendem a extirpar de si as formas
mendicantes e sofríveis, que marcaram os tempos antigos, e procuram livrar-se
das adulterações históricas e bem como dos dogmas e vícios que são tão comuns
em meio ambiente fálico solar secular, que tem acompanhado a humanidade de
forma tirânica tolhendo-lhe o livre pensamento.
O advento do thelemismo serviu como
uma cabeça de aríete para dar passagem a uma série de estilos de expressão
religiosa, artística, filosófica e científica em total oposição ao Aeon do
Culto dos Escravos, buscando a divindade que subsiste na humanidade e pela
humanidade, e bem como as formas de enaltecimento da nobreza de ser, da
disciplina, da força, da vontade e da coragem do espírito do ser humano, não
mais visto agora como um pecador a ser salvo, e sim como um deus a ser
despertado, pois se o thelemismo afirma que “cada homem e cada mulher, são uma
estrela”, também isto pode ser encontrado dentro das formas setentrionais,
eslavas e célticas – entre outras - renascidas dentro deste pulso crescente,
onde podemos encontrar citações tais como “quando os deuses criaram a
humanidade, eles criaram uma arma”!
Neste Aeon aquele que pleiteia a
iniciação deve buscar encontrar a si mesmo como o Centro do Universo, e não
mais o Sol como tão freqüentemente ocorreu no Aeon passado, sob o dogma e as
adulterações, e entender a si como uma estrela com um propósito, uma órbita,
uma lei especificamente sua.
Ele não mais deve buscar virar a
outra face, antes deve ele atingir o inimigo e extirpar-lhe a existência de
forma fria e dura, pois a lei é a lei do forte e do mais capacitado.
Desta maneira vem a ser uma obrigação
de todos os sistemas nascidos nesta maré de renovação, de eliminar todo e
qualquer vestígio de maculo dos antigos tempos do dogma, pois tanto dão margem
para suposições e aplicações baseadas em falsidade e mentira histórica
ardilosamente manipulada, quanto são instrumentos de plágio e de experiências
vividas pela metade, para dar alguma consistência ao “monotonoteísmo” –
parafraseando Nietzsche.
Não é mais cristo quem está visível
no altar!
Ali devem estar as imagens bélicas,
belas e orgulhosas de Hoor, Baldhur, Dazbog, Belennos, Heracles ou Utu Absu.
Não é mais o manto recatado de uma
Maria inviolada que deve instigar o coração das mulheres, e sim o brilho da
estrela da manhã, sob a graça de Inanna, Astaroth, Freija, Lada, Afrodite e
Isis.
Não mais deve ser celebrado um
matador de dragões, antes disto Hadit, Svarog, Neit, Lock, Ophion, Dagon, Zalts
serão celebrados como a fonte do saber humano, e origem da divindade humana.
Não mais as fórmulas que relegaram
diferenças baseadas na simbologia do falo solar, podem ser empregadas nestes
tempos sem que se pague o preço do ridículo, do escárnio ou do manto da tolice
ou do engodo. Pois a história e a ciência juntas comprovam, que tem sido sempre
assim em meio ao dogma e seu bastião.
No entanto tristemente podemos notar
como, apesar dos sinais diretos e indiretos, sutis ou grosseiros, violentos ou
suaves, constantemente baterem a porta de todos os ditos iniciadores. Estes em
sua maioria prosseguem nos usos e costumes das falhas do Antigo Aeon, e em
nenhum momento pautam-se em meios e modos de alterar sua conduta, ou sequer
supõe-se errados em usá-la.
Esta conduta contumaz é fruto da
relutância em perceber os próprios erros, ou na necessidade do ganho fácil
proveniente do uso dos modelos antigos, ou do tráfico de influência que se
possa fazer ao mantê-lo em voga, mesmo que se saiba o quão errado tal ato está.
Assim sendo, e tendo como base de
análise o caso thelemico, veremos que em dado momento é afirmado no tema básico
dos thelemitas, o Liber Al vel Legis, a cerca de Crowley que:
“...49. Abrogados
estão todos os rituais, todas as ordálias, todas as palavras e sinais.
Ra-Hoor-Khuit tomou seu assento no Equinócio dos Deuses; e que Asar fique com
Isa, que também são um. Mas eles não são meus. Que Asar seja o Adorador, Isa a
sofredora; Hoor em seu nome secreto e esplendor é o Senhor iniciante. (Livro
I – Nuit)...”
“...5. Vide! os rituais da velha era
são negros. Que os maus sejam abandonados; que os bons sejam expurgados pelo
profeta! Então este Conhecimento seguirá de forma correta. (Livro II –
Hadit)...”
E considerando-se estas passagens do
Livro III de Rá Hoor Khuit, do Liber Al vel Legis:
51. Com minha cabeça de Falcão eu bico os olhos de Jesus enquanto ele se
dependura da cruz.
52. Eu bato minhas asas na face de Mohammed & o cego.
53. Com minhas garras Eu rasgo a carne do Indiano e do Budista, Mongol e
Din.
54. Bahlasti! Ompedha! Eu cuspo em seus credos crapulosos.
55. Que Maria inviolada seja despedaçada sobre rodas: por sua causa que
todas as mulheres castas sejam totalmente desprezadas entre vós!
56. Também por causa da beleza e amor.
57. Desprezai também todos os covardes; soldados profissionais que não
ousam lutar, mas brincam; todos os tolos desprezai!
58. Mas o perspicaz e o orgulhoso, o real e o altivo; vós sois irmãos!
59. Como irmãos, lutai!
Entenderemos que a lei de thelema é
irmanada a todas as formas de expressão que veiculam o forte e o orgulhoso, o
disciplinado e o capaz, em total oposição a misericórdia, compaixão, hipocrisia
religiosa, falsidade moral e mentiras históricas que são legítimas
representantes do movimento religioso fálico solar, desde Akhenaton dos golpes
políticos, religiosos, militares e econômicos descendentes de sua atitude
néscia.
E, no entanto, o próprio Crowley
manteve alguns destes erros, que foram continuados por seus discípulos diretos
e indiretos, tanto por descuido quanto por descaso.
Seus atos abriram portas a muito
fechadas, mas muitas de suas atitudes e posicionamentos mantiveram-se
seguramente mantidos dentro das muralhas do que o thelemismo afirma ser o Velho
Aeon.
Uma prova disto, é uma análise sua a
cerca de “Yod”:
“...Aleister Crowley, em sua obra O
Livro de Thoth – O Tarot, explica: “Yod é a primeira letra do nome
Tetragramaton e este simboliza o Pai, que é Sabedoria; ele é a forma mais
elevada de Mercúrio, o Logos, o Criador de todos os mundos. Conseqüentemente,
seu representante na vida física é o espermatozóide e esta é a razão da carta
ser chamada O Eremita...”
Em primeiro lugar, os movimentos
gnósticos foram galgados sobre as fórmulas que foram acima descritas, e que
pela observação adequada, se mostram incapazes de sobreviver neste Aeon, pois
nem são históricas e nem são verdadeiramente tradicionais, e no geral apenas
sustentam a atuação das bases do Aeon, que insidiosamente mentem-se presente
até estes dias, por meio de seus sustentáculos do passado, tipificados como
conhecimento, mesmo não o sendo sob a luz da ciência e da história.
Em segundo lugar, esta fórmula
gnóstica que relega a mulher ao segundo plano, vista como “...He-Vau-He...”, ou
“...Eva...”, enquanto Therion é visto como “...Yod...” e “...Adão...”,
questionada inclusive por outro thelemita de nome Kenneth Grant, entra em um
beco sem saída quando se observam as seguintes passagens do Liber Al vel Legis,
Livro I de Nuit:
“...52. Se isto não estiver correto, se vós confundirdes as demarcações
dizendo: Elas são uma; ou dizendo, Elas são muitas; se o ritual não for sempre
a mim: então aguardai os terríveis julgamentos de Ra Hoor Khuit!...”
“...16. Pois ele é sempre um sol, e ela uma lua. Mas para ele é a
secreta chama alada, e para ela a descendente luz estrelar...”
Se a mulher é somente um corpo sem alma, como gosta de afirmar toda
versão antiga da bíblia, e muitas formas de entendimento tanto gnósticas como
dogmáticas, então como pode ela tomar contato diretamente com a Luz Estelar de
Nuit?
E se Hadit claramente afirmado ali como a Kundalini, no Homem, e deve
ser erguer até Nuit, portanto as alturas do Sahashara Chacra, com pode ele ser
o espírito se o mesmo procede do Nada Primordial que é Nuit/Tiamat por
excelência, e tem nela sua verdadeira morada?
E sabendo-se da verdadeira história de Akhenaton, dos desdobramentos
reais ligados a ele, do fato de que não houve envolvimento algum de uma língua
sagrada ou sistema sagrado - ou de qualquer divindade real patronal - ligado
aos usos e costumes do idioma, usado como base para estudos e aplicações. E
entendendo-se pelo estudo adequado, que seus símbolos mais fortes, são de
origem de povos mais velhos e mais sábios, e que estes símbolos perderam muito
de si ao serem anexados indevidamente para uso do dogmatismo fálico solar dos
herdeiros de Akhenaton, e mesmo para representação de fórmulas filosóficas
destes, uma vez que em verdade o drama do fiasco que a cidade de Akhetaton foi,
é o tema central destes símbolos base que sustentam sua tese de existência,
contudo modificados para terem algum sustento histórico, mesmo que extremamente
ficcional.
Não se admite mais em momento algum, que se possa supor qualquer uso
real ou valor dentro da iniciação, para os códigos e meios e modos, tais e
quais acima foram descritos.
Assim sendo, é chegado o momento de dar um basta no medíocre
comportamento que tem abundado em meio aos ocultistas e ditos praticantes de
outros estilos, onde coisas velhas e já sem uso algum são vendidas com novas
roupagens, para não causar náusea aos clientes.
Outros sistemas e símbolos melhores, e outras línguas em total afinidade
com o despertar do thelemismo se fazem necessárias para alavancá-lo adiante,
como um baluarte da verdadeira e pura vontade humana.
É necessário que a ordem e o valor do alfabeto inglês sejam
veridicamente empregado para tanto, com o estudo de suas origens e com o estudo
de seus símbolos, que se adéquam em todos os sentidos a lei de thelema, e dos
quais tanto necessitam os humanos para poderem dar seu passo além, e finalmente
virarem esta página da história onde os grilhões do dogma foram pintados de
ouro, e chamados de honraria.
Pois nesta ordem e valor das tradições do alfabeto da língua inglesa,
“tzaddi” finalmente poderá ser descartado como “A Estrela”, e o caractere que
demarca a “humanidade”, assumira ali seu lugar devido, e “Isa” estará com
“Asar”, o qual é “Har” para os anglo-saxões antigos, que em verdade conheceram
“Vontade” como seu irmão, e bem como um de seus principais deuses.